quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Julinho Camargo falou ao CLICRBS. Confira:


Em seu terceiro ano seguido à frente do Veranópolis, Julinho Camargo busca montar uma equipe boa e barata para a disputa do Gauchão. Sem o dinheiro que viria da GM, que desistiu de patrocinar o campeonato, o clube da Serra investiu menos para a formação do grupo, que contará com 23 jogadores. O técnico admite as limitações de seu time, mas aposta no trabalho a longo prazo para buscar uma vaga entre os oito melhores e avançar ao mata-mata. Em entrevista a ZH, Julinho fala das perspectivas do VEC para este ano, sua identificação com a dupla Gre-Nal e também de sua curta trajetória como técnico do Grêmio. 

Você foi mantido no VEC pela boa campanha do ano passado.
Estou indo para meu terceiro ano consecutivo. O quarto, no total (2004 foi seu primeiro ano no VEC). Em 2013, a gente foi até a semifinal. Ano passado, saímos nos pênaltis para o Caxias nas quartas de final após um jogo muito equilibrado. E também brigamos pelo título do Interior. Agora, contratamos menos. Mas buscaremos uma campanha de regularidade.

Trabalho em longo prazo faz a diferença?
Faz muita diferença. Fiz bons projetos desta forma, no sub-15 do Inter e também nos juniores do Grêmio. A sequência das temporadas faz com que o trabalho flua e se fortaleça. Também tive boa passagem pelo já extinto RS Futebol, de Alvorada, em que revelamos Thiago Silva, Naldo (zagueiros do PSG-FRA e Wolfsburg-ALE) e Ederson (meia da Lazio-ITA).

Até onde o Veranópolis pode ir no Gauchão?
Temos de ser realistas, vamos brigar no meio da tabela. Sem falsa modéstia, temos jogadores muito compenetrados. Nossa estrutura é simples, mas tudo é feito com carinho. As pessoas da cidade apoiam muito o trabalho do clube, abraçam de verdade. Isso te dá um ótimo ambiente de trabalho. Em um Gauchão tão equilibrado, é algo que pode nos ajudar. 

Qual é o principal destaque do seu grupo?
A grande força é o conjunto. Uma das referências é o Eduardinho, meia que é o capitão do time. O Lê, nosso centroavante, também trabalha muito bem. Estes dois já são de casa, vão para o quarto ano seguido conosco. O Leonardo Agostini (zagueiro), que permaneceu do ano passado. Também trouxemos reforços como o Claytinho (meia) e o Felipe Guedes (volante, ex-Grêmio). 

Com o equilíbrio dos times do Interior, o que pode fazer a diferença?
Vai muito do encaixe da equipe. É claro que a dupla Ca-Ju, o Lajeadense e o Brasil-Pel largam na frente. O fato de o Veranópolis não jogar a Série D atrapalha nosso processo como equipe. Pega o Grêmio, por exemplo. Além de ser o Grêmio, parou de jogar há um mês atrás. Temos esta dificuldade, nos reapresentamos em 2 de janeiro. Vamos nos encontrar a partir da quinta rodada.

Como o VEC pode fazer frente à dupla Gre-Nal?
Para nós do Interior, vencer Grêmio ou Inter é algo muito difícil e raro. Nosso adversário não é a dupla Gre-Nal. Claro que qualquer ponto contra eles será muito comemorado. Mas eles estão em um patamar muito acima. O estado tem de se unir para fortalecer o Interior. O ideal era ter dois ou três clubes na Série B, já estamos atrás de Santa Catarina neste aspecto.

Sua passagem pela dupla Gre-Nal ajuda em um confronto?
Com certeza. Trabalhei por 15 anos nos dois clubes, minha escola toda foi no Beira-Rio e no Olímpico. E nestes dois lugares aprendi o caminho da vitória. Tive várias conquistas na base, também a honra de dirigir o time profissional do Grêmio. É algo que você leva para sua carreira como experiência. 

Por que sua passagem como técnico do Grêmio foi tão curta?
O clube vivia uma turbulência política muito grande. Quando cheguei, houve a troca no comando do futebol e eu não tive sustentação política para seguir com meu trabalho. Em pouco mais de um mês, não tive maus resultados (1 vitória, 3 empates e 2 derrotas). Era um momento delicado, mas não guardo ressentimento. Tenho carinho e agradecimento pelo Grêmio.

Se vê em condições de assumir um grande clube novamente?
Acho que é uma questão de gosto, de pessoas que tenham poder de decisão optarem pelo meu trabalho. Preparado estou há muito tempo. A gente sempre busca crescer como profissional, estou terminando meu mestrado, me aperfeiçoando. Acho que as coisas acontecem naturalmente, devagar. Tenho 44 anos de idade e muito tempo para trabalhar ainda.

Fonte: CLICRBS

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